Castanheira e sua grandiosidade
Nesse artigo explicamos um pouco da origem dessas delícias e um pouco sobre a castanheira e sua grandiosidade.
Inegavelmente as castanhas do pará são oleaginosas especialmente saborosas e nutritivas, mas de onde vem?
Apesar de estar presente em todos os nove países amazônicos, porém atualmente só é abundante na Bolívia e no Suriname.
No Brasil, o estado que mais produz o fruto hoje em dia é o Acre, porém, o estado do Amazonas lidera a implantação de castanhais plantados em sistemas de manejo.
A saber, a castanheira é considerada vulnerável pela União Mundial para a Natureza e, no Brasil, aparece na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente.
Com toda a certeza, a principal causa para o risco de extinção é o desmatamento. No Brasil, castanhais são derrubados para a construção de estradas e barragens, entre outros.
Dessa forma, como medida protetiva, o corte e a exploração da castanheira em florestas primárias para a indústria madeireira foi proibida no Brasil, Bolívia e Peru.
Como são as castanheiras
A castanheira-do-Brasil (Bertholletia excelsa), também conhecida como castanheira-do-Pará, é uma árvore bela e alta, nativa da Amazônia.
Certamente pode ser encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia.
As castanheiras-do-Brasil atingem entre 30m e 50m de altura e de 1m a 2m de diâmetro, por isso é uma das espécies mais altas da Amazônia.
A casca é acinzentada, e as folhas, que ficam acima da copa das outras árvores, têm de 20cm a 35cm de comprimento.
É importante saber que dependem de um ambiente intocado para sua reprodução já que só são polinizadas por alguns tipos de insetos, que são atraídos por orquídeas próximas às castanheiras.
O fruto da castanha leva mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do tamanho de um coco e pode pesar 2kg.
A casca é bem resistente e dura e abriga entre 8 e 24 sementes, que são as castanhas.
A saber, muitas delas são plantadas por cutias, que roem os frutos até abrir a dura casca, comem algumas das sementes e enterram as outras para comer mais tarde.
As sementes esquecidas pelas cutias brotarão da terra no ano seguinte para começar os 500 anos de vida de uma nova castanheira-do-Brasil.
RAINHA DA FLORESTA
Além de produzir sementes comestíveis, a planta fornece madeira de ótima qualidade também; plantios na Bolívia, por exemplo, são feitos neste sentido.
No passado, as fibras de sua entrecasca já foram utilizadas na calefação de barcos.
Em conclusão, graças ao crescimento acelerado e à grande resistência, ela se torna ideal para a recuperação de áreas degradadas, como aquelas geradas pelas atividades de mineração.
Sua longevidade as tornam singulares – já foram identificados exemplares com mais de 800 anos – e grande produção de castanhas.
Assim, originária das matas de terra firme, é a mais longeva, a de maior crescimento em diâmetro do tronco e a segunda maior em altura, ficando atrás apenas dos angelins.
Além disso, se adequa a climas diferenciados, resistindo a períodos de resfriamento, aquecimento, secagem e umedecimento.
Com isso, o cenário de aclimatação da castanheira para o futuro, a se manter a tendência de aquecimento global é positivo.
Socioeconomia da castanha
Com o final do ciclo da borracha na bacia amazônica, que abalou a economia da região, a venda de castanhas auxiliou a manutenção das exportações nos estados do Pará e Amazonas.
Assim, o Pará liderava a extração das amêndoas em função do polígono dos castanhais, concentrado na região de Marabá, no Sudeste do estado.
Portanto, o Brasil era o maior exportador da iguaria amazônica, que era apreciada na Europa desde o século XVII.
Contudo, a política de incentivos fiscais do governo brasileiro na década de 1960 para a criação de pastagens destinadas à pecuária culminou com o desmatamento e destruição de boa parte do polígono das castanheiras.
Apesar de muito resistente, a árvore não suporta o manejo por fogo em um período consecutivo de três anos, técnica empregada para abertura das pastagens.
Assim, o polígono deu origem ao cemitério de castanheiras.
Cuidando da castanheira
Como a maior ameaça às castanheiras-do-Brasil é o desmatamento, para erradicar o risco de extinção dessa espécie precisamos cuidar de nossas florestas.
Primordialmente comprar apenas madeira certificada, apoiar a criação e a gestão de unidades de conservação e dar preferência a produtos sustentáveis do ponto de vista ecológico e social.
Inegavelmente é do extrativismo da castanha que, ainda hoje, milhares de coletores e coletoras sustentam suas famílias.
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